
O desejo de espionar a vida alheia divide os seres humanos em dois grupos:
O primeiro responde por uma minoria puritana que considera essa prática repugnante e abominável para nossa sociedade. Já o segundo, trata-se de uma maioria avassaladora cuja habilidade em espreitar o outro às escondidas faz da internet um verdadeiro Kama-Sutra do voyeurismo.
É inegável que as características de acessibilidade e interação promovidas pelo ciberespaço foram um verdadeiro orgasmo para quem busca satisfazer-se sexualmente apenas pela observação anônima.
Há um encaixe quase perfeito entre olhos orgânicos e digitais: as retinas que antes se congelavam no binóculo ao tentar flagrar a vizinha atraente, hoje fazem o mesmo diante do computador.
O que de fato muda para o voyeur da atualidade é o processo de fruição do seu objeto de desejo, ou seja, ele não vai mais precisar dependurar-se em uma árvore para ter o melhor ângulo daquela mulher incrível, vai mudar a posição de uma web cam .
Por que a web cam? Porque como toda criatura moderna e atribulada, o voyeur tem mil outras obrigações e não pode perder tanto tempo esperando a hora exata da vizinha posicionar-se na sacada.
Não há mais espera: há imediatismo! E para este último, milhões de salas de bate papo onde é possível assistir a todo tipo de estimulação sexual (e o próprio sexo) através de um monitor afrodisíaco.
Nesse processo a identidade de quem observa prossegue em segredo, mantendo o arquétipo do voyeur clássico, porém, tamanha é a liberdade nestes espaços imateriais que os papéis podem se inverter: o voyeur passa a exibir-se e suas “vitimas” assumem sua postura.
A mídia e a própria web sabem que parafilias dessa natureza são extremamente lucrativas e pulverizam seus apelos: criam sites que exibem desde vídeos amadores aos momentos mais picantes do último reality show:
-Vá lá e dê uma espiadinha!
Pedro Bial também sabe o quanto isso vende!
Não é a toa que o prazer em bisbilhotar na surdina seja o grande trunfo de redes sociais como o Orkut, onde também muita gente se omite em um perfil falso e navega secretamente no universo de muitos.
Mas ainda assim imagino que o voyeur ou voyeuse (versão feminina do voyeur) do passado não se deslumbrariam com toda essa tecnologia, pois o verdadeiro fascínio dessa prática não estava no prazer automático, mas na sedução onisciente.
É inegável que as características de acessibilidade e interação promovidas pelo ciberespaço foram um verdadeiro orgasmo para quem busca satisfazer-se sexualmente apenas pela observação anônima.
Há um encaixe quase perfeito entre olhos orgânicos e digitais: as retinas que antes se congelavam no binóculo ao tentar flagrar a vizinha atraente, hoje fazem o mesmo diante do computador.
O que de fato muda para o voyeur da atualidade é o processo de fruição do seu objeto de desejo, ou seja, ele não vai mais precisar dependurar-se em uma árvore para ter o melhor ângulo daquela mulher incrível, vai mudar a posição de uma web cam .
Por que a web cam? Porque como toda criatura moderna e atribulada, o voyeur tem mil outras obrigações e não pode perder tanto tempo esperando a hora exata da vizinha posicionar-se na sacada.
Não há mais espera: há imediatismo! E para este último, milhões de salas de bate papo onde é possível assistir a todo tipo de estimulação sexual (e o próprio sexo) através de um monitor afrodisíaco.
Nesse processo a identidade de quem observa prossegue em segredo, mantendo o arquétipo do voyeur clássico, porém, tamanha é a liberdade nestes espaços imateriais que os papéis podem se inverter: o voyeur passa a exibir-se e suas “vitimas” assumem sua postura.
A mídia e a própria web sabem que parafilias dessa natureza são extremamente lucrativas e pulverizam seus apelos: criam sites que exibem desde vídeos amadores aos momentos mais picantes do último reality show:
-Vá lá e dê uma espiadinha!
Pedro Bial também sabe o quanto isso vende!
Não é a toa que o prazer em bisbilhotar na surdina seja o grande trunfo de redes sociais como o Orkut, onde também muita gente se omite em um perfil falso e navega secretamente no universo de muitos.
Mas ainda assim imagino que o voyeur ou voyeuse (versão feminina do voyeur) do passado não se deslumbrariam com toda essa tecnologia, pois o verdadeiro fascínio dessa prática não estava no prazer automático, mas na sedução onisciente.
P.S: Parafilia é um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual. exemplo: voyeurismo,fetichismo,etc