quarta-feira, 23 de setembro de 2009

.:...: A força do Blá Blá Blá :...:.





Deixar os grunhidos primitivos no fundo das cavernas e ceder lugar ao diálogo: eis um dos maiores saltos de nossa espécie no quesito “evolução indimensionavel ”
Já parou para pensar no quanto a conversa é responsável pelas mudanças de maior impacto neste planeta?

E não me refiro somente a transformações palpáveis, como os acordos de paz entre nações inimigas, que tiram tanques das ruas e devolvem a liberdade a milhões, somente pela força do discurso bem embasado.

São surpreendentes os resultados que surgem através da troca de idéias: quantos são os que curam seus traumas através do desabafo em consultórios ou em grupos voluntários? ou mesmo que compartilham letras e melodias para compor? Ou ainda, que movem sua capacidade retórica para interesses comuns como a erradicação do trabalho infantil ou a liberdade de expressão?

Não é a toa que os jornalistas do mundo todo se enfurecem diante da censura: qualquer organismo que tente repelir a idéia de comunicar para esclarecer, para discutir e reavaliar o que quer que seja, esta indiretamente negando a capacidade nata do ser humano de materializar suas opiniões verbalmente. Isso é amoral!

É como chamar cada um de nós de chimpanzés e calar nossa boca com uma banana de irracionalidade, que vez ou outra, vai muito bem para quem usa com ignorância a dádiva da conversação.

Quando se grita para tentar fazer-se compreendido, há um misto de loucura, imaturidade e primitivismo no ar. Pense bem: sua casa, a rua ou o trabalho não são cavernas, e qualquer pessoa entende que há momentos de raiva incontroláveis, mas na selva de pedra, o grito é linguagem somente para os animais.

Então usemos nossas cordas vocais e demais acessórios do aparelho fonador no bate papo entre amigos, na conversa frívola sobre os rumos da novela ou no flerte com alguém interessante, e façamos jus a nossa natureza: seres que se comunicam, “ se trumbicam”, mas não se trombam!

Por que trombada, é coisa de bicho!
... e não é de bicho-homem!


p.s: Uma citação de Voltaire me veio agora e muito tem a ver com esse texto, então aqui vai:


" Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo"



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